Atriz de amor e revolução revela em casa como superou as instabilidades da profissão
Marido, filhos, netos e uma casa com piscina e jardim. A vida familiar da atriz Fátima Freire (56) propicia o equilíbrio necessário para que ela encare com tranqüilidade os altos e baixos de sua carreira. Conhecida por sucessos na TV como as novelas globais Dona Xepa (1977) e A Gata Comeu (1985), atualmente está no elenco de Amor e Revolução, do SBT. Mas chegou a ficar 11 anos fora do ar. “Escolhi uma profissão em que às vezes estamos no auge e depois esperando uma boa oportunidade. O ator não é funcionário público e vive essas inseguranças, sempre tive essa consciência. Não sei se foi falta de interesse dos diretores, mas as coisas em uma época esfriaram para mim”, desabafa Fátima, sem aparentar mágoa. Nos momentos mais difíceis, ela conta que sempre encontrou o apoio do marido, o administrador Carlos Alberto Pinheiro (66), com quem está casada há 30 anos. “Em casa, sempre estive em alta, eles são a razão do meu viver”, avalia, em seu sítio carioca, citando ainda os dois filhos biológicos, Amanda (28) e Carlos (20), além dos gêmeos Nayana (19) e Sérgio (19) e de Carlos Neto(18), todos herdeiros da enteada, Bianca (41).
– O que fez no período que ficou longe da televisão?
– Me dediquei ao teatro e de 1998 a 2000 morei nos Estados Unidos. E cuidei da família.
– Por que morou fora?
– Quando era solteira, vivi um tempo na Suíça com os meus pais, Newton e Flávia, e visitei outros países. Acho importante vivenciar culturas e línguas diferentes. Quando Carlos Alberto se aposentou, achamos por bem conhecer a Califórnia com as crianças. Foi incrível. Mas tivemos que voltar porque Bianca estava se separando e precisávamos dar uma força.
– Mas não sentiu falta da TV?
– Sim, eu sou uma cria dos meios de comunicação. Mas as oportunidades não apareceram. Os diretores que eu conhecia, muitos morreram, outros se aposentaram e entrou uma nova geração. É difícil um ator manter o sucesso durante toda a carreira, por isso nunca fiquei apavorada.
– Pelo visto, não se deslumbrou com a vida artística...
– Ima g ina , sempre fui pé no chão. Valorizo o meu trabalho, mas antes de tudo, dou muita importância à relação com as pessoas de casa.
– Como é administrar uma família tão grande?
– Eu adoro. Fui criada em Minas Gerais, no meio de uma centena de primos. Logo, tiro de letra. Por mim, gostaria de viver com todos eles sob o mesmo teto (risos). Atualmente, só meu caçula mora com a gente.
– Por que só teve dois filhos?
– Tinha uma vida agitada por causa do trabalho. Mas, se pudesse voltar no tempo, faria diferente. Gostaria de ter pelo menos mais dois. Já que não posso mais engravidar, que venham outros netos.
– Como é a relação com sua enteada, Bianca?
– Trato com o mesmo amor que meus filhos receberam. Conheci a Bianca com nove anos. Dois anos antes, ela havia perdido a mãe, morta do coração, e os avós, Lourdes e Antonio Caldas, em um acidente de carro na serra em que ela foi a única sobrevivente. E mesmo com tantos fatos tristes, essa menina sempre foi um doce de pessoa, principalmente comigo. Ficamos muito unidas. Na adolescência, ela ficou um pouco rebelde. Tivemos algumas briguinhas de mãe e filha, mas tudo normal. É um período mais complicado mesmo. Compreendo tudo que vem deles.
– A família vem sempre em primeiro lugar, não é?
– É, não tem jeito. Há um certo tempo não permito que o trabalho se sobreponha à minha vida pessoal, construída com muito orgulho ao lado do meu marido.
– O clima entre vocês sempre foi o de uma eterna lua de mel?
– De jeito nenhum, já tivemos nossos momentos de crise e superamos com o amor. Somos muito diferentes, mas nem por isso nos afastamos. Carlos Alberto é uma bênção de Deus, é a minha base, tudo para mim. Não sei viver mais sem ele. Quero envelhecer ao seu lado e aproveitar cada segundo.
– O que mais admira nele?
– A forma positiva como vê a vida, é muito espiritualizado. Aliás, aprendi isso com ele, a ter o olhar de Poliana para o mundo (risos). E soubemos juntos como respeitar a individualidade um do outro, mantendo a liberdade. Eu adoro ler e ouvir música e Carlos, não. Quando quero, me tranco no quarto e faço isso. E ele respeita.
– E quais os programas que gostam de fazer juntos?
– Nossa, tanta coisa, como beber vinho, por exemplo. Ou viajar para namorar. É importante o casal reservar um tempo para se curtir. Se isso não acontece, o romantismo vai se perdendo.
– Então, poderia dizer que vocês conseguiram preservar a ‘química’ do início da relação?
– Não tenho a menor dúvida. Amo muito Carlos Alberto. A recíproca é verdadeira. Isso é uma raridade hoje, mas acredito que as duas pessoas precisam ter consciência, casamento não é fácil, a luta é diária. Não basta assinar um papel e relaxar. É preciso cuidar ainda mais do outro, mas sem obrigação, e sim por amor mesmo.
– E os filhos, ligados do jeito que são em vocês, respeitam esse espaço a dois?
– Conversamos muito, eles dão a maior força. Aliás, esse e outros assuntos são falados abertamente. O diálogo é fundamental para uma família funcionar de forma harmônica. Isso ajuda a superar qualquer tipo de crise de uma maneira menos dolorosa.
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