Etimologia

por Deonísio da Silva* Publicado em 27/09/2010, às 16h44 - Atualizado às 16h46

Etimologia -
Adiantamento: de adiantar, verbo formado a partir de diante, do latim inante, antecedido da preposição "de". Quando são contratados os trabalhos de profissionais liberais, de escritores ou de artistas, é comum que o contratante faça um adiantamento dos honorários ou direitos autorais, pois, especialmente no caso dos escritores, o trabalho já foi feito: eles escreveram o livro a ser contratado. A palavra inglesa fee, do inglês arcaico feo, gado, é usada internacionalmente para designar essas quantias. O adiantamento tem esses vínculos com o gado porque em tempos antigos, ainda antes da invenção da moeda, o patrimônio de uma pessoa era medido pelas cabeças de gado que ela possuía. Esta é também a origem de capital, de cabeça, do latim vulgar capitia; de pecúnia e de pecuniário, palavras ligadas ao latim pecus, gado. Célula-tronco: de célula, do latim cellula, diminutivo de cella, aposento pequeno. Na Biologia, designa a unidade estrutural básica dos seres vivos; e tronco, do latim truncus, parte principal de corpos e árvores. Célula-tronco é aquela que continua a dividir-se indefinidamente, gerando outras células, capacitando-se assim a gerar e reparar tecidos e órgãos. Uma das pesquisas mais avançadas neste campo é feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por Regina Coeli Goldenberg (51). Seu trabalho tem uma novidade a mais: ela utiliza sangue menstrual. "Cada vez mais percebemos que a cura está dentro de nós mesmos", afirmou ao jornal Extra, acrescentando: "O transplante de medula óssea, por exemplo, já existe há quatro décadas". Sobre o sangue a ser utilizado, disse: "Uma solução simples que estava debaixo do nosso nariz, mas que, talvez até por preconceito, não era considerada". Em futuro próximo, segundo a professora, "as células-tronco serão injetadas em enfartados, pessoas com doença de Chagas ou que sofrem de cirrose". Entrada: de entrar, do latim intrare, com influência de intra, dentro, designando entrada, começo, bilhete para cinema, teatro e outros espetáculos; lugar nos aparelhos domésticos por onde entra alguma coisa: a energia elétrica, o sinal da Internet, o fio. É ainda o pagamento inicial de uma compra a prestações. E no cardápio a procedência é outra, é o francês entrée, pequena porção servida antes do prato principal, às vezes substituída por outra expressão, igualmente francesa: hors-d'oeuvre, que significa fora do trabalho. Nos Estados Unidos, o prato principal é que se chama the entrée. A entrada é starter ou starters. Fetichismo: do francês fétichisme, ainda assim palavra ligada ao português feitiço, que foi para o francês como fétiche e para o inglês como fetish, de onde voltou como fetiche. No século XV, ao chegarem às costas da África, os navegadores portugueses ficaram desconcertados com as superstições dos nativos e com os poderes mágicos que eles atribuíam a alguns objetos. A psicologia moderna adotou a palavra fetiche para designar o interesse sexual específico por pés, sapatos, determinadas lingeries. Inglês: do francês antigo engleis ou angleis, desde o século XII, mas hoje escrito anglais. A origem remota é o adjetivo Angles, povo germânico que foi para a Grã-Bretanha atual. A partir do século V, ao invadir aqueles territórios, os antigos romanos escreveram anglus para designar o saxão estabelecido na Britânia. São do mesmo étimo ou de étimos de palavras assemelhadas anglicano, anglicismo e anglo-saxão, entre outras. Há um equívoco na mídia de designar o Reino Unido por Inglaterra apenas, o que é no mínimo deselegância para com os cidadãos britânicos que não são ingleses, como as pessoas nascidas na Escócia, no País de Gales e na Irlanda do Norte. A Inglaterra é apenas um dos países que compõem a Grã-Bretanha. Já Reino Unido inclui todos os países da Grã-Bretanha. Repetição: do latim repetitione, declinação de repetitio, repetição, do mesmo étimo de petere, atacar. Repetir designou originalmente atacar de novo. Nos pedidos de repetição em shows, pede-se bis, do latim bis, duas vezes, mas antigamente os franceses pediam encore, ainda, outra vez. Nos Estados Unidos, é comum que ao pedir repetição de algum número artístico a plateia grite encore e não bis. Até os franceses pedem bis; eles, não.
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