Do grego magéia, magia, vem a competência dos magos, uma...

...arte chegada à antiga astrologia, que analisava os astros para prever acontecimentos. Previsões vem do latim praevisione, e tantos são influenciados por elas que já se adota até o horóscopo chinês.

Deonísio da Silva Publicado em 16/02/2006, às 09h59

Deonísio da Silva -
Diplomata: do francês diplomate, diplomata, aquele que estuda diplomas, documentos. A origem é o grego diploma, papel dobrado em duas partes, já metáfora, pois antes designou vaso duplo, um para aquecer em banho-maria. O verbo grego para dobrar é diplóo. O político e orador romano Cícero (106-43 a.C.) foi dos primeiros a usar diploma, no latim, para indicar passaporte, salvo-conduto. Napoleão Bonaparte (1769-1821) expressou curioso conceito de diplomacia, anotado por Honoré de Balzac (1799-1850): "Uma mulher da velha aristocracia entregará seu corpo a um plebeu e não lhe revelará os segredos da aristocracia; assim, os tipos elegantes são os únicos embaixadores capazes." Entre outros juízos sobre diplomacia, exarou: "Os tratados se executam enquanto os interesses estão de acordo; impor condições muito duras é dispensar de cumpri-las; nas questões do mundo, não é a fé que salva, é a desconfiança; um congresso é uma convenção fingida entre os diplomatas." Ilegítimo: do latim illegitimus, contra a lei, fora da lei, proibido. Diz-se do filho fora do casamento. Muitas personalidades os tiveram, inclusive papas. No início da Idade Média, alguns pontífices eram casados e no fim do período, embora não casassem, vários mantiveram amantes. Ilegítimos também foram os sobrinhos de alguns papas, em altas funções pelo único mérito de ser parentes do papa, o que gerou o nepotismo, depois aplicado a qualquer parente ou pessoa que tenha algum tipo de relação com a autoridade que os nomeia, como cônjuges e cunhados. Nepos, nepotis, é sobrinho em latim. Magia: do grego magéia, pelo latim magia, designando a doutrina dos magos, feitiçaria, arte de interpretar sinais dos astros com o fim de entender os acontecimentos, como narram os Evangelhos no episódio dos reis magos, que, guiados por uma estrela, foram os primeiros a visitar o menino Jesus. A tradição cristã determinou que foram três os magos, mas alguns aludem a 15. Já estávamos em plena Renascença e respeitáveis intelectuais acreditavam nos poderes da magia. O filósofo Tomaso Campanella (1568-1639), padre dominicano, lacrou um dos quartos palacianos do papa Urbano VIII (1568-1644) para protegê-lo de malefícios de um eclipse. Mandou borrifar os aposentos pontifícios com vinagre de rosas e substâncias aromáticas extraídas do cipreste, queimou murta, louro e alecrim. Duas velas e cinco tochas - o Céu, a Lua e os planetas - foram acesas no quarto, em posição a neutralizar malefícios. O padre ainda invocou Júpiter e Vênus para dispersar as más influências de Marte e de Saturno. Defensor de Galileu Galilei (1564-1642), escreveu A Cidade do Sol, em que a cidade-estado é guiada por um rei filósofo, padre, de poderes mágicos. Foi quem chamou Luís XIV (1638-1715) de Rei Sol. Previsão: do latim praevisione, pela formação prae, pré, antes, prefixo que indica anterioridade, e visione, declinação de visio, visão. Dentre os vários tipos de previsões, as orçamentárias estão entre as que mais deveriam interessar à maioria, que, ao contrário, quer é saber das revelações dos astros. As multidões ligadas em previsões deram até de prestar atenção ao horóscopo chinês, guiado por animais: rato, búfalo, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e javali. Os signos dos maias (México) eram galácticos - o ano tinha 13 luas de 28 dias, começava dia 26 de julho e terminava dia 25 de julho. Desaparecida há quatro séculos, a civilização calculou até 21 de dezembro de 2012, quando a Via Láctea encerrará um ciclo de 26.000 anos. Os anos tinham nomes como Dragão Vermelho, Lua Vermelha, Cachorro Branco e Semente Cósmica Amarela. Este irá até 24 de julho de 2006. Sabre: do alemão Sabel ou Säbel, pelo francês sabre, com provável origem remota no húngaro száblya ou no polonês szabla. Significa arma branca semelhante à espada, mas de lâmina recurva, pontuda e afiada de um só lado, ao contrário da espada, reta e afiada dos dois lados. O dicionário Aurélio dá equivocadamente como origem o francês sable, porém a troca de r por l serve para designar o saibro, areia, e um animal, a marta. O Duque de Caxias (1803-1880) usou sabre na Guerra do Paraguai. Ao regressar recebeu do imperador dom Pedro II (1825-1891) uma espada, "doada pelo povo", com a gravação Imperador e Constituição de um lado, e Honra e Pátria, de outro. Os futuros oficiais da Academia Militar de Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro, proferem no juramento: "Recebo o sabre de Caxias como o próprio símbolo da Honra Militar." Nos Jogos Olímpicos, o sabre está presente nas competições de esgrima, em que a eliminação é dada num só combate: perdeu, está fora. As outras duas são a espada e o florete. As disputas são realizadas individualmente ou por equipes, formadas por três atletas de cada país.
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