O vocalista da banda NX Zero, Di Ferrero acredita na importância da música para mudar o panorama desigual da sociedade contemporânea. Além de apoiar, o grupo também promove ações sociais
O dia 13 de julho, conhecido como o
Dia Mundial do Rock, comemorado ontem, serve de inspiração para os garotos do NXZero. Tudo começou quando a velha e boa guarda do
folk rock, na voz de
Bob Dylan; do pop, representado pela diva
Madonna; e de muitas outras vertentes do rock'n'roll resolveram se unir para contestar a miséria, o subdesenvolvimento e a fome na Etiópia -- em 1985, vários artistas se juntaram para fazer o
Live Aid, evento que, até hoje, gera bons frutos, tendo
Bono como o maior representante da boa vontade que mistura um pouco de música e política.
Pouca gente sabe, mas a banda que se consolidou firmemente no mercado nos últimos anos e hoje é um dos mais queridos grupos do país acredita muito nas correntes mundiais e é consciente das mensagens positivas que pode transmitir através da música. Para o vocalista da banda
Di Ferrero,
"rock tem tudo a ver com política. Veja Beatles: a influência de John Lennon mudou artigos constituicionais do país. O Bono é outro representante disso. As bandas podem usar isso para passar uma mensagem boa. Não é apenas 'Dia do Rock', mas sim um dia para a manifestação da paz", afirma.
E não são somente os astros internacionais que conseguem fazer mensagens de paz ecoarem. Di Ferrero acredita que as bandas mais novas -- pelo fato de influenciarem adolescentes e jovens por meio da música -- devem se inspirar nas ações de grupos como Skank, O Rappa e tantas outras.
"Não gostamos de divulgar ações beneficentes na mídia porque não temos o propósito de promover a banda, mas sim de fazer um trabalho bacana. Tudo o que fazemos acontece de maneira natural. Hoje em dia somos mais conhecidos e, como formadores de opinião, tentamos mostrar o quanto é importante ajudar."
O vocalista ainda contou que, durante uma estada em Curitiba, no Paraná, a banda visitou o hospital infantil Pequeno Príncipe, referência nacional em atendimentos pediátricos de alta complexidade. "
Demos uma de 'Patch Adams' e pedimos doações para o hospital", revelou. Outro projeto foi tentar ampliar a visibilidade da catástrofe que enfrentou o Haiti com a criação de um logo e de vídeos, o
Rock Pró-Haiti.
Conforme afirmou Di Ferrero, ao saber que o público do NX se informa muito mais pela internet do que por jornais e canais de televisão, o projeto era virtual e pedia doações para as vítimas haitianas. Deu tão certo que eles pensam em transformar isso em show, do mundo virtual para o real.
"Depois do Haiti, tivemos várias outras tragédias, como no Nordeste", exemplificou.