No teatro,
Daniel Boaventura já encantou multidões em musicais brasileiros dignos da Broadway, como
Vitor e Vitória,
Chicago, e
My Fair Lady. Dono de uma voz elegante e sensual, a partir de agora, o ator e cantor pretende atuar em muitos outros palcos: ele acaba de lançar seu primeiro CD,
Songs 4 you, e já mostrou que irá encantar ainda mais o público que é fã das clássicas canções que foram eternizadas nas vozes de artistas como
Nat King Cole ou
Frank Sinatra.
Feliz em realizar o sonho que o seguiu desde os 17 anos, quando cantava nos festivais de música em Salvador, ele conta em entrevista ao Portal CARAS, que está consciente do mistério que será a turnê do disco, que tem todas as músicas em inglês.
"Acredito neste trabalho. Estou fazendo o que gosto, de coração. Tinha que satisfazer a minha verdade. Canto as canções que me completam, que me dão prazer. Acho que o público vai gostar", conta o ator-cantor, que decidiu começar a gravação do CD depois de uma participação no programa do
Jô Soares, quando, a pedido do apresentador, começou a cantar algumas músicas de que gostava, todas no idioma anglo-saxão.
Daniel, que também está por trás da música romântica mais famosa do momento, o tema do amor entre
Raj e
Maya, da novela
Caminho das Índias, a canção
I'min The Mood For Love, conta em entrevista ao Portal CARAS, a importância da família nesse novo projeto, e seus planos para esse ano.
Confira trechos da entrevista a seguir:
- Como você está se sentindo com mais essa conquista?
- Estou muito feliz! Ainda mais depois do show de lançamento na noite no Rio de Janeiro, onde vi amigos e desconhecidos aplaudindo em pé e vibrando com o show. Foi júbilo pleno ver esse resultado! No processo de concepção do CD, por ser um repertório não muito comum, achei existiria uma certa resistência, mas por sorte encontrei pessoas que me somaram e ajudaram. No show, escutei muitos 'sempre quis ouvir isso', ao cantar Frank Sinatra.
- Acreditava na possibilidade de gravar um CD? Uma das pessoas que você agradece é Jô Soares, que te deu um start para iniciar esse projeto. Foi ele mesmo, ou já pensava antes?
- Sempre quis. Aos 17 anos participava de festivais de música em Salvador, e já produzi um disco aos 23 anos de idade só com músicas brasileiras. E em todo esse tempo eu sempre pensei em gravar. Claro que o programa do Jô me ajudou, pois no dia seguinte me telefonaram perguntando: por que ainda não gravamos nada até hoje?
- Você agradece muita à sua esposa e filhas. Como sua família te ajudou nessa conquista?
- A minha família me apoiou muito, sempre. Minha esposa é minha maior crítica. E minhas filhas, minha inspiração. A Isabela está com dois meses, mas ela não deu muita bola nas canções de ninar não (risos). Já Joana, que está com seis anos, foi criada com a música, e adora ler, ir ao teatro, escutar musica, ela é muito esperta. A canção do Marron 5,
Wake up call, é a que ela mais gosta. Ela quer escutar o tempo todo.
- Você citou que assistia muita à Pernalonga e Tom e Jerry e se encantava com a trilha sonora. Nos desenhos de hoje para a criançada, tem algum que possui um som legal? Os tempos mudaram? Se seus filhos quiserem ser cantores, os desenhos animados vão dar uma força, como te deram?
- Acho que sim. Existem desenhos geniais em canais como Discovery Kids. E desenhos também, como Simpsons, South Park. Bom, esses não são muito infantis, mas eu gosto muito.
- Gostaria que suas filhas seguissem a carreira que você escolheu?
Eu sempre recebi o maior apoio dos meus pais, e eles nunca me forçaram em nada. Tive muito liberdade em escolher. E com elas será igual. Se ela quiser eu vou ajudar o máximo que puder. Quando eu fui atrás da carreira de ator, por exemplo, meus pais me levaram a um profissional capacitado, que me deu um embasamento teórico e prático. Eles me ajudaram neste sentido.
- Qual a diferença desse trabalho com os musicais que você já participou? Precisou de algum outro tipo de preparo?
- A colocação de voz. Ao cantar agora, estou mais próximo de mim. Eu não estou interpretando um personagem, eu sou meu próprio personagem. Tenho que passar algo sincero, relaxado. A forma de cantar muda. No palco, cada música exige resistência do ator, uma entonação diferente.
- Como é ser intérprete de grandes nomes da música mundial, como Frank Sinatra, Nat King Cole? Como é visto o cantor brasileiro que interpreta somente em inglês?
- Estou cantando Sinatra, mas dou a minha interpretação. Acredito neste trabalho. Estou fazendo o que gosto, de coração. Mas uma música que canto em português que gosto muito é
Nuvem Cigana, de
Milton Nascimento. Mas nesse CD tinha que satisfazer minha verdade, a vontade que tinha de cantar em inglês. O processo de triagem foi complicado, não sabia qual musica escolher. Gosto de muitas. Canto as canções que me completam, que me dão prazer. Acho que o público vai gostar.
- Quando você fecha os olhos para cantar o que sente?
- Eu estou vibrando com a música. Estou sentindo o que canto. Mas também me pego pensando: fique tranquilo, e abra o olho!
- Quais são seus planos para esse ano? Fará turnê para divulgação do Songs 4 You?
- No segundo semestre já começo com a programação de shows. Vou tentar conciliar as duas carreiras. Mas a minha prioridade este ano é cantar. Apesar de ter acabado de fechar um projeto com a TV Globo - vou participar da próxima novela das seis,
Pelo Avesso, em que farei par romântico com a atriz
Heloísa Perissé.
- O que espera para esse ano?
Não sei o que me espera. É um mistério. Estou bem pé no chão. Começo a turnê este ano, e sei que quando acreditamos, e vivemos a nossa verdade, tudo dá certo. Tenho dois objetivos: o de satisfazer o público, e ser sincero comigo mesmo.