"Explodiu o carnaval. E foi um desabamento de usos, costumes, valores, pudores."
Nelson Rodrigues (1912-1980), escritor, dramaturgo e jornalista pernambucano.
"Perdi o trem, perdi a vergonha, perdi a energia... Perdi tudo. Menos minha faculdade de gozar, de delirar... Fui ordinaríssimo. (...) Que delícia, Manuel, o carnaval do Rio!"
Mário de Andrade (1893-1945), poeta paulista, em carta a Manuel Bandeira.
"Tradição venerável, festividade adorada, hábito que tem a significação de um desafogo na existência árida do brasileiro, que vive sem comodidade, sem dinheiro, sem orgulho, sem heroísmo, sem coisa nenhuma."
Gilberto Amado (1887-1969), escritor sergipano.
"A gente trabalha o ano inteiro/ Por um momento de sonho/ Pra fazer a fantasia/ De rei ou de pirata ou jardineira/ Pra tudo se acabar na quarta-feira."
Vinicius de Moraes (1913-1980), poeta carioca.
"Nem o Espetáculo imoralíssimo da nudez vitoriosa das prostitutas repugna às damas ou as faz enrubescer de pejo ou indignação!"
Valentim Magalhães (1859-1903), escritor carioca.
"Fulgia, em cada humana nebulosa/ Toda a sensualidade tempestuosa/ Dos apetites bárbaros do sexo."
Augusto dos Anjos (1884-1914), poeta paraibano, autor do livro Eu.
"Nos climas nórdicos, o aspecto físico do amor quase não se faz sentir; nos climas temperados, o amor, acompanhado de mil acessórios, se faz prazenteiro por meio de coisas que parecem amor de início, mas ainda não são; nos climas mais quentes, gosta-se do amor por si mesmo - ele é a única causa de felicidade, ele é a vida."
Charles de Secondat Montesquieu (1689-1755), escritor, político e filósofo francês, autor de Espírito das Leis e outras obras.
"E o amor sempre nessa toada:/ briga perdoa perdoa briga. / Não se deve xingar a vida,/ a gente vive depois esquece/. Só o amor volta para brigar,/ para perdoar."
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), poeta e cronista mineiro.
"Tudo que diz respeito ao amor é um mistério;/ a investigação desta ciência/ demanda mais do que um dia de trabalho."
Marianne Moore (1887-1972), escritora e poeta americana.
"Quem tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado."
Artur da Távola (1936-2008), jornalista, político e escritor carioca.
"Era uma vez o casamento indissolúvel. Hoje tudo é solúvel, do café aos cálculos renais."
Otto Lara Resende (1922-1992), escritor e jornalista mineiro.
"Por que não me olhaste? Se tivesses olhado para mim, terias me amado."
Oscar Wilde (1854-1900), poeta e dramaturgo irlandês.
"Deus do céu! Que alucinação!/ Há uma criatura tão bonita/ Que até os olhos parecem nus.
Manuel Bandeira (1886-1968), poeta pernambucano.
"Há poucas coisas tão fatalmente contagiosas como a alegria das pessoas sérias."
Julio Dinis (1839-1871), médico e escritor português, autor de As Pupilas do Senhor Reitor.
"Conselho cordato é enfrentar as adversidades com rosto alegre, porque com ele se vencem os inimigos e se dá alento aos amigos."
Mateo Alemán (1547-cerca de 1614), escritor espanhol, autor da novela Guzmán de Alfarache, entre outras obras.
"A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade."
Joseph Joubert (1754-1824), escritor francês conhecido por suas máximas.