Caio Blat vive amor proibido na TV

Versão minissérie de ‘O Bem Amado’, com cenas que não entraram no filme, vai explorar a relação de Neco Pedreira (Caio Blat) com a filha de seu maior vilão: o antológico personagem da teledramaturgia brasileira, Odorico Paraguaçu

<i>por Karen Lemos</i><br><br> Publicado em 18/01/2011, às 13h58 - Atualizado às 16h26

Caio Blat dá vida ao personagem Neco Pedreira em versão para telas de 'O Bem Amado' - Ana Stewart
Caio Blat está de volta às telinhas! Logo nesta terça-feira, 18, data de estreia da minissérie O Bem Amado na Rede Globo, o ator reaparece com o personagem Neco Pedreira em uma versão estendida do filme homônimo de 2010. Seu personagem, na TV, terá um destaque maior em relação à adaptação cinematográfica da história que virou novela polêmica e comentada nos anos 70. "É um privilégio abordar um clássico da crônica sobre política brasileira, e readaptar para os dias de hoje, para aqueles que não conhecem poderem ter o primeiro contato. Eu sempre assisti aos discursos do Odorico pelo Youtube. É antológico e super atual, vale resgatar essa história para a nova geração", definiu Caio, intérprete do jornalista Neco Pedreira, em entrevista exclusiva ao Portal CARAS. Neco Pedreira é um dos poucos sonhadores idealistas na cidade de Sucupira, município do Tocantins. A cidade é sede de uma das histórias mais conhecidas e bem-sucedidas da dramaturgia brasileira. Principalmente pelo seu protagonista, o político Odorico Paraguaçu. Baseado na obra de Dias Gomes, a história fez muito sucesso em 1973, quando foi levada às telas pela primeira vez, com Paulo Gracindo no papel de Odorico Paraguaçu. Em 1984, virou seriado também para televisão e somente agora a trama foi adaptada, mostrando que seu tema ainda é muito atual. Odorico, vale lembrar, é um político popular que tem como grande meta de seu governo inaugurar um cemitério na cidade que administra. O sonho, contudo, nunca é alcançado, já que ninguém morre na pequena Sucupira. As peripécias do prefeito, além de outros personagens ricos, como as irmãs Cajazeiras (que na trama recente são vividas pelas atrizes Andrea Beltrão, Zezé Polessa e Drica Moraes), tornaram-se clássicos de nossa dramaturgia. Pensando nesse sucesso, a adaptação cinematográfica da novela O Bem Amado foi realizada com possibilidade de resultar em uma minissérie - produto que anda em alta na televisão. "O diretor Guel Arraes sempre imaginou esse projeto em dois formatos, filmando cenas que caberiam em uma minissérie. Portanto, gravamos várias situações que nunca entraram no filme", explicou Blat. Uma das cenas extras mostrará com mais detalhes o romance de Neco Pedreira com a filha de Odorico (Marco Nanini), Violeta (Maria Flor), uma grande paixão que acarreta em conflitos com os ideais do jornalista. Neco trabalha no impresso de oposição ao governo, cujo dono é Wladymir (Tonico Pereira), alvo inimigo do prefeito da cidade. "Neco se envolve com a moça sem saber que ela é filha de Odorico. Surge aí conflitos com questões éticas. Neco deve abrir mão da política ou do amor?". Neco vai sofrer, então, de uma ressaca moral, por conta do romance e também por conta da política, da qual ele não acredita mais. "O tempo inteiro Neco ataca Odorico e apoia o inimigo dele, o Wladymir, seu chefe. Ao longo do tempo, ele vai descobrindo que o próprio Wladimir faz as mesmas práticas políticas corruptas que o prefeito. Neco se dará conta de que tanto a esquerda quanto direita tem a mesma cara", adiantou.
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