Maria Ribeiro prestigia o amado pelos Kikitos e a consagração de Bróder, do diretor Jeferson De
Com a entusiasmada torcida de sua mulher, a atriz Maria Ribeiro (34), Caio Blat (30) conquistou o Kikito de Melhor Ator por sua atuação no filme Bróder, no 38o Festival de Cinema de Gramado, na serra gaúcha. A produção sagrou-se a grande vencedora na cerimônia de premiação apresentada por Leonardo Machado (34), Daniela Escobar (41) e Renata Boldrini (36), no Palácio dos Festivais, levando ainda os Kikitos de Melhor Filme e Direção, para Jeferson De (40), em seu longa de estreia. Além dos principais prêmios, ganhou também o troféu Cidade de Gramado de Melhor Montagem, para Jeferson e Quito Ribeiro, e de Trilha, criada pelo diretor em parceria com João Marcello Bôscoli (40). Após a cerimônia, Caio, Maria e Jeferson, com a mulher, a produtora e cineasta Cristiane Arenas (40), que colaborou com a direção de arte, e Renata Moura (41), produtora executiva de Bróder, comemoraram a vitória com brindes de champanhe na Villa de CARAS. "Ter ganho todos esses prêmios foi uma surpresa, esperava somente o de ator para Caio, cuja interpretação está irretocável", disse Jeferson. "Ele é um diretor brilhante que me deu um grande presente", devolveu Caio.
Para o ator, Bento (7 meses), seu filho com Maria, é uma espécie de talismã do filme, que mostra o reencontro de três amigos de infância da periferia de São Paulo, interpretados por Silvio Guindane (26), Jonathan Haagensen (27) e ele. A maré de sorte começou no dia do nascimento do bebê, mesma data em que ele foi avisado de que o filme iria ser apresentado pela primeira vez no Festival de Berlim, em fevereiro. A vitória em Gramado chegou junto com a comemoração pelos sete meses de Bento. "Quanto mais minha carreira se consolida e ganho prêmios no cinema, mais valorizo estar em casa com as crianças, o tempo que tenho é para ficar curtindo os dois", assegura Caio, referindo-se ainda a João (7), herdeiro de Maria com o ator Paulo Betti (57). "Bento nasceu em um momento mágico. No dia que fomos para a maternidade, soubemos que a babá contratada não viria. No início, ficamos desesperados. Depois, quase mandamos flores para essa mulher, porque passamos os dois primeiros meses sozinhos com ele. Dormi com Bento todas as noites para a Maria poder descansar. Além de ser o mascote do filme, ele é um anjo na minha vida, me trouxe luz", acrescentou Caio.
Para o ator, Bróder é um longa diferente de outros que se passam em favelas porque é um filme de amor. "O que importa na história são os amigos que cresceram juntos e a mãe, interpretada pela Cássia Kiss, vendo que vai perder o filho para o crime. O filme mostra a contradição entre a vida bandida e o amor da família e dos companheiros", conta o ator sobre a produção, rodada em janeiro de 2008 em Capão Redondo, periferia de São Paulo, onde ele morou durante quatro meses antes do início das filmagens para melhor compor seu personagem. No momento, Caio filma Xingu, de Cao Hamburger (48), sobre a vida e a obra dos sertanistas Orlando (1914 -2002), Cláudio (1916-1998) e Leonardo Villas-Bôas (1918-1961).
- Para ficar tanto tempo fora de casa para rodar filmes é preciso ter uma grande mulher do lado?
Caio - Com a Maria na minha vida, sei que posso ir para qualquer lugar. Tenho a sensação de que ela está comigo o tempo inteiro onde quer que eu esteja e vice-versa. Às vezes, me dá mais prazer ir a um festival onde ela está com um filme do que com o meu próprio. Nos orgulhamos um do outro e do nosso projeto de ficar juntos a vida toda. Sem dúvida, ela é a mulher da minha vida.
Maria - Ele também é um grande homem para se ter do lado, sou a mulher mais sortuda do mundo.
- Como você recebeu o gesto do Caio, que dedicou a vitória de Bróder também a você?
Maria - Com certeza, emociona muito. Mas, também se não falasse isso, apanhava em casa (risos). Já esperava o resultado, o filme é especial e Caio um grande ator. Esse reconhecimento foi justo, ele morou um tempo no Capão Redondo, fiquei um ano ouvindo Racionais, não agüentava mais escutar rap. Isso mostra como ele ficou tomado por essa história. Toda vez que vamos a São Paulo, ele faz questão de ir lá visitar os amigos.
- E Bento terá irmãos?
Caio - A gente já tem o João, que é totalmente de nós dois, que já me adotou. No meu amor, não existe nenhuma diferença entre ele e Bento. E a gente espera que eles tenham mais irmãos, sim.
Maria - Caio nasceu para ser pai. Tenho sorte porque o Paulo também é um pai maravilhoso.