A acreana
Brendha Haddad (23) não chama a atenção só pela beleza brejeira. Sucesso como a Rani de
Caminho das Índias, a atriz cativa também pela fala mansa e o jeito meigo. Em seu apartamento no Recreio, Rio, ela abre o sorriso ao relatar suas conquistas. Aos 3 anos, já desfilava em Rio Branco. Aos 12, ganhou o concurso Miss Brasil Infantil, no Paraná. Mas o sonho de ser atriz demorou um pouco para ser realizado, principalmente devido à resistência do pai, o médico
Eduardo Haddad (56).
"Ele não era contra a profissão. Era aquela coisa de proteção mesmo. Não queria que eu, com 15 ou 16 anos, viesse morar sozinha no Rio. E eu era realmente uma criança. Mas não esqueço, ele dizia que, se fosse para acontecer, iriam me buscar no Acre. E pensava: 'ah, tá!'", lembrou ela, que hoje se diverte ao constatar que a "profecia" paterna foi certeira.
Em 2006, após ingressar na Faculdade de Direito, a Globo iniciou testes no Acre para a minissérie Amazônia. E Brendha ganhou o seu primeiro papel, Ritinha. O êxito na estreia fez com que se mudasse para o Rio, onde grava a novela, e trancasse a faculdade no último ano. Feliz, só reclama das saudades dos parentes. Mas sua mãe, Marli (52), costuma visitá-la. "Sempre que posso, seguro ela aqui comigo", contou. Solteira após fim do namoro de cinco anos com o empresário Patrick Delilo (32), Brendha diz estar com o coração tranquilo.
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Superou o fim do namoro?
- Ainda estou me recuperando. Estava noiva do Patrick. Mas ele mora no Acre. Terminamos pela distância. É complicado. Tentamos por um tempo, mas não deu.
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Está aberta para novo amor?
- Estou num momento de trabalho. Se aparecer, tudo bem. Só não gosto dessa coisa de ficar porque me entrego na relação. Gosto de namorar sério.
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Como é o homem ideal?
- Tem que me completar. Sou calma. Então, ele não precisa ser muito tranquilo. Também não sou exigente em relação à beleza. Tem que ter bom humor, ser educado.
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E quem nunca teria chance?
- No coração a gente não manda. Talvez um cara muito galinhão não desse certo. E não sou ciumenta. Tenho até um diferencial, não gosto de discutir a relação (risos).
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Rani acha que o amor pode nascer com o tempo. Você concorda com a sua personagem?
- Ela é a indiana tradicional. Acho que comigo não rolaria. Mas depois de conhecer a cultura deles, passei a respeitar essa situação.
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É vaidosa como as indianas?
- Passei a ser mais agora. Sempre que saio, passo gloss, ajeito o cabelo. Me preocupo até pelo medo das pessoas na rua olharem e se decepcionarem comigo (risos).
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Algo incomoda no corpo?
- Sou pequenininha (1m65). Se pudesse, engordaria um pouco. Procurei uma nutricionista e ela fez uma dieta. Não para emagrecer, mas pensando na saúde. Sou chocólatra. Os excessos aparecem no rosto, uns cravinhos, espinhas. Minha moderação é mais por causa disso, não com o corpo.
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Você vive só no Rio. Como encara a saudade da família?
- Só de falar nisso me dá vontade de chorar... Sempre fui protegida, a princesinha da casa. E, de repente, larguei tudo para realizar o meu sonho. Mas é a força deles que me segura no Rio.
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Mas eles devem se orgulhar do seu sucesso...
- Quero aproveitar cada oportunidade. Quem me conhece sabe da minha luta. Acho até que tive um pouco de sorte também de conhecer a
Glória (Perez) e o
Marcos (Schechtman), responsáveis por
Amazônia. Mas procuro ficar com os pés no chão, sem deslumbramento. Me perguntam se a responsabilidade é maior numa novela das 8. Não deixa de ser. Mas desde quando fazia comerciais no Acre, levava o trabalho com a mesma seriedade de hoje.
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E o assédio do público?
- Estou me acostumando com isso. Algumas pessoas já me reconhecem. Mas sou tímida, quando ficam me olhando, penso se é a roupa que está estranha. E até perguntam se o cabelo é de verdade, querem pegar.
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Qual seu próximo desejo?
- Toda a vez que realizo um sonho, surgem outros três mil na fila. Já estou no Rio e em uma novela das 8. Agora quero fazer teatro, cinema. E vou buscar isso.