Um grupo de dez ativistas russos antigays abriu um processo judicial contra Madonna (54) exigindo que ela desembolse US$ 10 milhões por danos morais. A cantora americana, que defendeu a causa gay em show feito em São Petersburgo na semana passada, é acusada de ter insultado à população russa ao infringir uma lei criada em março deste ano, a qual proíbe a ‘propaganda’ de qualquer orientação sexual além da heterossexual.
"Talvez alguém não veja a relação, mas depois do show de Madonna talvez algum menino se torne gay, alguma menina se torne lésbica, menos crianças nasçam por causa disso, e este grande país não possa defender suas fronteiras - para mim, isso causa sofrimento moral", argumentou Alexei Kolotkov, um dos ativistas envolvidos no processo. "Ela [Madonna] havia sido alertada de que deveria se comportar de acordo com a lei, e a ignorou. Por isso teremos de falar a linguagem do dinheiro", disse Darya Dedova, outra ativista envolvida.
Com a frase ‘Sem medo’ escrita nas costas, Madonna fez um longo discurso sobre os direitos dos homossexuais em seu show no último dia 9, em São Petersburgo. Mesmo sabendo da lei, ela pediu para que sua produção distribuísse pulseiras rosa para todo público presente e convocou a todos a demonstrar apoio a causa gay.
“É um momento muito estranho no mundo. Eu estou viajando pelo mundo todo e eu sinto isto no ar... Eu sinto que as pessoas estão se tornando cada vez mais amedrontadas das outras pessoas que são diferentes, as pessoas estão se tornando mais e mais intolerantes. É um tempo muito assustador, mas nós podemos fazer a diferença. Nós podemos mudar isso. Nós temos o poder. E não precisamos de violência, nós apenas precisamos do amor”, disse Madonna durante o show.
A resposta de Madonna
Sem se intimidar com o processo, com as reclamações dos ativistas ou até mesmo com o vice-primeiro-ministro russo Dmitri Rogozin – que chamou a americana de ‘p... velha’ e a criticou por ‘querer dar lições de moral a todo mundo’ – Madonna enviou um comunicado à imprensa internacional criticando a Justiça do país por ter condenado as meninas do grupo punk Pussy Riot a dois anos de prisão.
Em fevereiro, as artistas Nadezhda (22), Yekaterina (29) e Maria (24), integrantes do Pussy Riot, subiram disfarçadas no altar do principal templo ortodoxo russo e cantaram contra o atual presidente do país, Vladimir Putin (59). A letra da música dizia ‘Mãe de Deus, leve Putin’ e acusava o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa de ser guiado por Putin e não por Deus.
“Eu protesto contra a condenação e a sentença do Pussy Riot pela prisão de dois anos por causa de uma performance de 40 segundos que mostrou sua opinião política. Mesmo que alguém não concorde com a locação ou como elas escolheram se expressar, a sentença é muito dura e, na verdade, é desumana. Eu convoco a todos aqueles que amam a liberdade a condenar esta punição injusta. Clamo que os artistas espalhados por todo mundo protestem contra esta farsa. Elas passaram tempo suficiente na prisão. Apelo para todos da Rússia deixaram o Pussy Riot livre”, disse Madonna. No caso das meninas do Pussy Riot, outros artistas também se manifestaram contra a decisão da Justiça russa, como Paul McCartney (72), Sting (60), Peter Gabriel (61), Björk (26), além da banda Red Hot Chili Peppers.
Assista ao discurso de Madonna condenado por ativistas russos, em São Petersburgo:
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