Asma em geral aparece antes que a criança complete 2 anos de idade

por <b>Bernardo Kiertsman</b>* Publicado em 11/08/2009, às 11h44

A asma se caracteriza por uma inflamação crônica dos brônquios, conduto em forma de árvore, de cabeça para baixo, que capta o ar na traquéia e o leva até os alvéolos pulmonares. A doença manifesta-se em indivíduos com predisposição genética. Quem tem familiares de primeiro grau com asma está mais suscetível a apresentá-la. Mas vale lembrar que qualquer pessoa pode iniciar uma nova linhagem. Também portadores de rinite alérgica estão mais suscetíveis a ter a doença. A asma pode iniciar-se em qualquer momento da vida. Mas em geral começa antes que a criança complete 2 anos. Pesquisa constatou que 15% a 20% das crianças e dos adolescentes e 10% dos adultos brasileiros sofrem da doença. Sabe-se que a asma pode ser desencadeada ou agravada por infecções virais, poeira domiciliar, fumaça de cigarro, pelos de animais, mudanças bruscas de temperatura, poluição ambiental, odor forte de material de limpeza e perfumes, estresse, medicamentos, alimentos e atividade física, entre outros fatores. Em contato com alguns destes "gatilhos", o indivíduo com predisposição genética desencadeia um processo inflamatório no brônquio, causando obstrução na passagem do ar. Os sintomas clássicos da asma são: tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito, que podem manifestar-se tanto separados como conjuntamente. A asma é classificada em intermitente e persistente. Asma intermitente é aquela em que o portador apresenta crises muito esparsas de intensidade variável, mas em geral leve. Já a persistente, ou crônica, se divide em leve, moderada ou grave, que é estabelecida de acordo com o número de crises, a intensidade, sintomas noturnos e diurnos, número de vezes que o doente precisa utilizar medicamentos de alívio e grau de obstrução dos brônquios, obtido por meio de exames laboratoriais. A crise é caracterizada por diminuição repentina do espaço interno dos brônquios aumento da musculatura, inchaço e acúmulo de catarro, dificultando a oxigenação do organismo. O paciente, sob orientação médica, deve utilizar medicação de resgate. Se não houver resposta, a evolução da insuficiência respiratória poderá levá-lo à hospitalização, em alguns casos em UTI, ou mesmo à morte. São notificados 250000 óbitos pela doença todo ano no Brasil. A asma, infelizmente, ainda não tem cura. O tratamento preventivo é fundamental para seu controle, evitando as crises e suas complicações. Existem programas de tratamento em diversos serviços, hospitais e postos de atendimento Brasil afora, até com a distribuição gratuita de remédios. A educação sobre a doença, com orientações quanto à higiene do ambiente - como manter a casa arejada, evitar acúmulo de poeira em prateleiras, cortinas de tecido, tapetes ou carpetes, não utilizar vassoura ou espanador na limpeza da casa e sim pano úmido, evitar contato com animais de sangue quente e principalmente fumaça de cigarro, entre outras -, e a prescrição e utilização dos medicamentos para prevenir as crises de maneira correta e contínua são fundamentais para que possamos alcançar o objetivo maior, que é seu controle total, dando ao paciente uma qualidade de vida normal ou muito próxima da normalidade.
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