O ASTROFÍSICO, QUE TEM QUADRO NO FANTÁSTICO, COM A MULHER, KARI, E O FILHO DO CASAL, LUCIEN
por Adriana Pizzotti
As leis da física pontuam a vida de
Marcelo Gleiser (47), apresentador do quadro
Poeira das Estrelas, do
Fantástico. O astrofísico- autor de sete livros, entre eles o romance
A Harmonia do Mundo, lançado há três semanas e já na segunda edição, e
A Dança do Universo, de 1997, que lhe rendeu o prêmio literário Jabuti - vive sua profissão com paixão. Literalmente. Um dos mais renomados professores de Dartmouth College, em New Hampshire; e premiado pela Casa Branca por sua dedicação ao magistério e pelos estudos sobre o cosmos, Gleiser assume que deveà física a formação de sua família.
Foi numa das aulas do curso Física para Poetas, ministrada por ele na universidade americana, que começou o flerte com a então aluna
Kari (30), há 10 anos. Ela, que também cursava psicologia, se encantou pelo mestre.
"Marcelo foi uma grande inspiração. Enquanto ele explicava sobre Movimento Retilíneo Uniforme, eu olhava para as suas mãos, muito elegantes, e só me vinhaà cabeça: estou em apuros. Eu sabia que neste momento existia algo além da relação aluno/professor. Foi umapaixão intensa", recorda-se a americana.
"Numa turma de cerca de 130 alunos, havia uma aura especial ao redor de Kari", destaca Marcelo. O astrofísico lembra com exatidão quando deram o primeiro beijo:
"Foi em 6 de maio de 1996, mas paramos por aí, já que as leis americanas são rígidas no que diz respeito a romances entre alunos e seus professores", justifica ele. E, como faltavam cinco semanas para as aulas terminarem, o casal esperou e só depois assumiu o namoro.
O fruto desta relação é
Lucien, de 3 meses.
"Namoramos muito, viajamos e estudamos bastante até o Lucien nascer. Ele veio no momento certo", conta a mãe de primeira viagem. Diferentemente de Kari, Marcelo tem experiência com filhos: é pai também de
Andrew (17),
Eric (13) e
Tali (10), de uma relação anterior. Andrew e Tali vivem com a mãe, em Chicago, enquanto Eric mora com Marcelo, a madrasta e o caçulinha em New Hampshire.
"Meus filhos são as minhas obras-primas", orgulha-se o físico, que fala com pesar da distância que os separa.
"O fato de não tê-los todos ao meu lado me faz sentir como se houvesse facas encravadas no coração. Mas, mesmo longe, mantemos uma relação bem carinhosa", conta.
FOTOS: SERGIO ZALIS