Estreando o espetáculo ‘As Meninas’ em São Paulo, começando as gravações de ‘Passione’ e se dedicando ao projeto de um documentário sobre uma missão no Haiti, Maitê Proença revela detalhes de sua habilidade para viver mil coisas
Maitê Proença sempre pensa em fazer menos e em ter menos projetos. Mas, a cada ano, mesmo se
"organizando mal", como ela mesma definiu ao
Portal CARAS, Maitê se envolve em planos que, para sua felicidade, sempre saem do papel.
Depois da temporada de sucesso de crítica e público no Rio de Janeiro, a tragicomédia
As Meninas, escrita em parceria com
Luiz Carlos Góes, e dirigida por
Amir Haddas, estreou no último dia 12 em São Paulo, no Teatro Cultura Artística Itaim.
No texto, duas garotas de 12 anos, Rubi e Luzia, trocam confidências diante do corpo da falecida mãe de uma delas. A ambientação da peça é um velório. Mas engana-se quem acreditar que, ao garantir lugar na plateia, se deparará com morte de uma maneira doída.
"Os meus mortos não estão mortos. As crianças estão vivendo a primeira experiência em um velório. E, como toda criança, elas falam tudo que normalmente o adulto cala", contou Maitê. As atrizes choram e riem quase que simultaneamente.
"No teatro, a gente pode mostrar tudo mais abertamente. E a crueza da criança me ajudou nisso", revelou.
O texto surpreende pelo humor e pela liberdade poética.
"Tudo que é dramático pode também ser cômico e acho até que deve ser cômico. A peça caminha pela contradição. Não há limite entre a vida e a morte"
Mas o trabalho de Maitê, que transita pelas mais diferentes artes e encontra seu espaço no cinema, na TV, literatura e teatro, vai além. Além de assinar o texto, ela encarou o desafio de produzir o espetáculo, que tem
Clarisse Derzié Luz,
Sara Antunes,
Analu Prestes,
Patrícia Pinho e
Vanessa Gerbelli no elenco.
"Produzir é um pepino. Tudo está nas mãos do produtor, até os problemas e conflitos psicológicos do elenco e da equipe da peça. Ser produtora é ser mãe", garante ela.
E como Maitê é incansável, no dia da estreia de
As Meninas em São Paulo, ela desembarcou no Rio de Janeiro, depois de uma semana no Haiti. A atriz acompanhou a missão da ONG Expedicionários da Saúde, que, desde o terremoto que atingiu o país, no dia 12 de janeiro, se instalou em Les Cayes, a 200 quilômetros de Porto Príncipe, para atender as vítimas da tragédia.
"Cheguei de uma semana no Haiti. A vida continua, não há mais gente chorando seus mortos na rua nem fedor de cadáveres, os corpos secaram embaixo dos escombros. Escombros há por toda parte e ali ficarão por muito tempo pq não existem máquinas nem organização para retirá-los. Não existem diretrizes sociais, governo, reconstrução. O terremoto destruiu os três poderes amassando os prédios com todo mundo dentro", contou em seu blog, o
Mil Coisas
Antes de embarcar para o Haiti, no dia 5, Maitê contou ao Portal CARAS que acompanharia a equipe coordenada pelo ortopedista
Ricardo Affonso Ferreira "para fazer um documentário filmado e auxiliar no que for possível". Para acompanhar, durante uma semana o trabalho da ONG, Maitê conseguiu uma licença do programa
Saia Justa, do canal pago GNT, e das gravações de
Passione, próxima novela das oito da Globo.
Na telinha, Maitê dará vida à Stela. A trama, escrita por
Silvio de Abreu, substituirá
Viver a Vida. A personagem será casada com Saulo, papel de
Werner Schünemann, e será nora de Bete Gouveia, personagem de
Fernanda Montenegro. E Maitê já se entregou ao papel.
Em sua incansável maneira de viver e fazer mil coisas da vida, além da novela de Silvio de Abreu, da produção de
As Meninas e do projeto de transformar em documentário a experiência no Haiti, a atriz vai continuar integrando o time de apresentadoras do no programa semanal
Saia Justa, do canal por assinatura GNT.
"Tudo ao mesmo tempo agora", ela resume.