Como se sabe, as pessoas estão vivendo mais. Com isso, vem aumentando o número de idosos. O melhor é que em geral eles são mais ativos e, claro, viajam mais. Mas, com isso, também se expõem mais a doenças. O processo de envelhecimento é acompanhado de uma perda gradativa das defesas orgânicas e, ao se planejar uma viagem, é importante que se pense também em prevenção. É uma forma de não estragar o passeio e voltar para casa saudável.
Algumas medidas práticas são fundamentais. Antes de viajar devem fazer uma avaliação médica e, se possível, um check-up. Estar com a saúde em dia ou sob controle diminui os riscos, mas não dá garantia a ninguém contra doençase acidentes. Por isso, quando os idosos forem viajar para o exterior, devem fazer seguro de saúde. Também é fundamental incluírem na bagagem os medicamentos que tomam na quantidade necessária para o período em que forem ficar fora. Não podem se esquecer ainda de levar remédios básicos indicados por seu médico, como analgésicos e antitérmicos.
Saúde tem relação direta com imunidade, capacidade do organismo de reagir à agressão de microrganismos que causam doenças. É possível proteger-se contra muitos deles com vacinas. O ideal é se informarem sobre os riscos epidemiológicos das regiões que vão visitar acessando sites especializados - como o da Organização Mundial de Saúde (OMS) e o do Center for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos
- ou procurando orientação nos serviços de Medicina do Viajante. Existem países que exigem a comprovação de imunização contra algumas doenças, como febre amarela.
As vacinas mais importantes que os idosos precisam tomar são as seguintes:
Vacina contra a gripe. Disponível na rede privada e na pública. O Ministério da Saúde a fornece gratuitamente aos idosos no começo do outono, mas pode ser tomada até algum tempo depois nas clínicas privadas. Idosos que viajarem para o Hemisfério Norte nos meses frios e forem ficar por longo tempo devem procurar os serviços de saúde locais e se vacinarem, pois é provável que a vacina seja diferente da que tomaram no Brasil. A vacina é importante sobretudo porque minimiza as complicações da gripe, como a pneumonia, a grande vilã dos idosos.
Vacina contra pneumococo. Protege das infecções causadas pela bactéria pneumococo; a principal é a pneumonia pneumocócica, comum e grave após os 60 anos. Está disponível na rede privada. Vacina contra difteria e tétano, também chamada dupla do tipo adulto. Pode ser tomada nos Postos de Saúde e na rede privada. Idosos que não sabem se já tomaram essa vacina devem receber três doses, com intervalo de 30 dias entre a 1a e 2a e uma 3ª dose cinco meses após a 2ª. Depois, precisam tomar uma dose a cada 10 anos.
Vacinas contra hepatite A e B. Doenças virais, a hepatite A é contraída basicamente por ingestão de água e alimentos contaminados e a hepatite B, no contato com sangue e objetos contaminados e nas relações sexuais. As vacinas podem ser tomadas nas clínicas particulares.
Febre amarela. Doença infecciosa endêmica no Brasil, é causada por vírus contraído na picada de um mosquito. É grave e com alta mortalidade. Deve ser tomada dez dias antes da viagem e repetida a cada 10 anos. Está disponível nos Postos de Saúde e em algumas clínicas privadas.