Com apenas 26 anos, Alinne Moraes mostra-se orgulhosa por já ter conquistado 'tudo e mais um pouco do que sonhava na infância'. Modelo de sucesso na adolescência, época em que chegou a trabalhar em países como Japão, Estados Unidos e França, a atriz, uma das mais bonitas e elogiadas de sua geração, garante ter hoje desejos simples. "Quero seguir minha vida feliz, com saúde e amigos. Não sei Exatamente aonde vou chegar, mas posso dizer que estou seguindo sem medo", avisa. E é com confiança que ela também encara o novo desafio: interpretar a modelo Luciana, que sofrerá um acidente e ficará tetraplégica em Viver a Vida, trama das 8 que estreia em 14 de setembro. Nos intervalos das gravações em Paris, Alinne adorou simplesmente perambular pela cidade. Em passeio a pé, saiu da Champs-Élysées, visitou os museus Grand Palais e Petit Palais, atravessou o Sena pela ponte Alexandre III, antes de tomar um café no Invalides. "Grandes artistas passaram e passam por aqui, com suas poesias, histórias. A arte, de modo geral, me chama atenção", afirma.
A boa fase da atriz não se limita à carreira. Desde o início de julho, ela tem sido vista na companhia do barman e empresário Rodrigo Mendonça, o Cabelo (29). Discreta, evita dar detalhes do namoro na entrevista a seguir. Mas se abriu ao falar de temas como o novo trabalho, a forma como lida com a fama e os cuidados que têm com a beleza.
- Em algum momento a beleza não ajudou a sua trajetória?
- Ela não pode atrapalhar e você também não pode deixar que isso aconteça. Sou grata a ela, mas sei que tudo na vida se transforma.
- Até onde vai a sua vaidade?
- Ela caminha junto com o meu bem-estar. Me alimento bem, faço balé, cuido da pele, hidrato os cabelos. É tudo muito tranquilo, no seu devido tempo.
- É verdade que emagreceu para a novela?
- Não fiz regime, só passei a me alimentar melhor. Tenho 1m74 de altura e 53 quilos. Me sinto bem. Tirei doces e frituras do cardápio.
- A sua personagem em Viver a Vida também foi modelo. Alguma outra semelhança?
- Também adoramos aventuras. Ela é tão alegre quanto eu e um pouco ansiosa. Já nos encontramos em muitos aspectos.
- Luciana ficará tetraplégica na novela. Acredita que o papel terá função social importante?
- Tenho conversado com pessoas que vivem o problema. Conheci a Flávia, jornalista, casada e mãe de duas fofuras de dois anos. Ela ficou tetraplégica após um acidente há 18 anos. Estou aprendendo muito, inclusive que a sociedade não os enxerga de verdade. A novela poderá, não só ajudar pessoas com deficiência, mas abrir os olhos dos que desconhecem esse drama. Está sendo um trabalho transformador, em todos os sentidos.
- Como lida com a fama?
- Até hoje me intimida um pouco. Gosto de observar e não de ser a observada. Mas estou convivendo melhor com isso. Acho inteligente saber levar, ir se adaptando, até porque as pessoas têm curiosidade natural sobre a vida dos atores. Desejo o reconhecimento, mas não o fanatismo. Só não acho natural sair para jantar, beber um vinho com amigos e ser alvo de vários flashes. Parece que estou num Big Brother. Isso assusta. Existem momentos que são meus, não quero dividir com ninguém.
- Tem gente que não sabe ficar muito tempo solteira. E você?
- Vivo bem sozinha. Mesmo quando estou namorando ou casada, preciso em determinados momentos ficar um pouco só. É o reencontro com você mesma. Sou filha única, me acostumei ao silêncio em casa, à liberdade de estar sem ninguém por perto. Sempre estou rodeada de amigos. Mas, às vezes, preciso me isolar para refletir e respirar.
- Nesse retorno a Paris, o que mais chamou atenção?
- Me encantam a qualidade da culinária francesa, com seus pratos sofisticados, e as padarias: tortas, pan au chocolat, pães que desfazem na boca. A vida cultural é especial, teatro, cinema, moda. Dessa vez, cheguei quando festejavam o Dia da Música. A cidade para. Vi concertos e shows nos parques, jazz nas ruas e muitas outros estilos em bares e restaurantes até o amanhecer. Aproveitei também para rever amigos e curtir a noite parisiense. E nessa época também tem muita liquidação, tudo pela metade do preço. Já que estava no 'centro da moda', não pude deixar essa chance passar (risos).