O jeito urbano e intimista do curitibano
Alexandre Nero nada tem a ver com os dois personagens que estrelou recentemente na TV e que lhe trouxe fama nacional. O primeiro, na trama da Rede Globo
A Favorita, em que ficou conhecido como "o verdureiro" e o segundo, agora em
Paraíso, da mesma emissora, em que interpreta o peão Terêncio.
"Me defino como um cara contemporâneo. Apesar de muito gratificantes, esses dois últimos papéis foram muito difíceis pela total falta de identidade entre mim e os personagens", avaliou ele em uma descontraída conversa com o Portal CARAS em Curitiba, sua terra natal, onde esteve para descansar das gravações. Na ponte aérea entre o Rio de Janeiro e Curitiba, Alexandre tem se adaptado à nova rotina.
"Sempre tive uma vida muito agitada e ligada à música e ao teatro. O que estranho apenas é o fato de ter duas casas. Às vezes quero uma coisa e não acho", explicou ele.
Descoberto pela Rede Globo durante as apresentações do Festival de Teatro de Curitiba onde estrelava a peça
Os Leões, Alexandre já fazia sucesso na cidade com suas bandas, Denorex 80 e Maquinaíma.
"As coisas têm dado muito certo para mim. Tudo tem acontecido naturalmente e estou com muitas expectativas de que novos trabalhos aconteçam", contou ele, que segue, na medida do possível, subindo ao palco para acompanhar seus colegas de música.
Casado com a também atriz curitibana
Fabiula Nascimento, que recentemente esteve no ar na mesma emissora em episódios de
Força Tarefa, como a enfermeira Jaqueline, Alexandre diz estar de bem com a vida no Rio de Janeiro.
"Sinto muita falta de Curitiba, mas cada cidade tem seu jeito. Dos amigos também sinto muitas saudades, mas já montamos no Rio uma associação de atores curitibanos" , diverte-se ele, que cita entre outros nomes, o da atriz
Marjorie Estiano como uma "sócia" do clube.
Sobre a fama, Alexandre é tranquilo.
"Não sou uma celebridade, vivo esse momento. Agradeço o reconhecimento que recebo pelo meu trabalho. Só não curto muito aquele tipo de tietagem enlouquecida, em que as pessoas esquecem que você é também uma pessoa e o tratam como um ponto turístico", comentou.