15|A SENSUAL ALZIRA, DE DUAS CARAS, EXPÕE OS VÁRIOS ÂNGULOS DO RELACIONAMENTO COM A ÚNICA FILHA
por Luciana Marques
O forrmato da boca é o mesmo, assim como o nariz pequeno e o queixo pontudinho. Mas as semelhanças entre
Giulia (8) e a mãe,
Flávia Alessandra (33), não se restringem ao físico. Além da beleza, a menina, fruto da união de dez anos com o diretor
Marcos Paulo (57), herdou também a desenvoltura e o bom humor da atriz, responsável por alguns dos maiores picos de audiência de
Duas Caras na pele da sensual Alzira.
"Ela vê fotos antigas minhas e fica em dúvida se sou eu ou ela. Giulia também monta peças e cobra para as pessoas assistirem lá em casa, como eu fazia", contou a atriz, na Villa Riso, Rio. Atenta à entrevista, Giulia também quer falar. Responde pela mãe em algumas perguntas e faz questão de frisar que, por enquanto, a carreira artística faz parte do seu 'plano C'.
"O plano A é ser veterinária. Se não der, quero ser professora. Aí, se não passar, vou ser atriz", afirmou a menina, que recebeu da mãe o carinhoso apelido de
Jujuba. Sempre alegre e companheira de passeios de Flávia, ela só reclama do assédio. "
Não gosto quando a gente tem que ficar parando para autógrafos e fotos. Isso cansa", disse. Além da relação harmoniosa com a filha, Flávia celebra ainda um ano e meio de união com
Otaviano Costa (34), o mau-caráter Bruno, de
Amor e Intrigas, da Record.
"Se soubesse que era tão bom, teria casado antes", diz ela, que pretende engravidar novamente a partir do fim do ano. A atriz mostrou ainda a tatuagem no pulso direito com a palavra "mãe", baseada na caligrafia da própria Giulia.
"Queria essa letrinha para sempre. Depois que ela crescer, vai mudar", justificou.
- Além das semelhanças físicas, em que mais se parecem?
Flávia - Ela absorveu as brincadeiras do nosso dia-a-dia, a forma de lidar com a vida e os problemas. Somos alegres. O humor é uma das regras lá de casa. Uma criança que tem tudo, é cheia de saúde, não tem por que ficar malhumorada, não é mesmo? Estabelecemos uma relação de muita conversa, centrada na confiança.
- Como impõe limites?
Flávia - Até os cinco anos, a criança gosta de testar a gente e acaba levando os pais à loucura. E eu tive esta trabalheira.
Giulia - Lembra aquela vez no shopping?
Flávia - Lembro. Jujuba teve aquela fase de pirraça, de se jogar no chão. E eu perguntava aos médicos o que fazer. Diziam para ignorar, porque o que ela queria era atenção. Enquanto acontecia em casa, não era problema. Mas um dia eu estava gravando no BarraShopping e ela se jogou no chão. Fiquei num dilema. Se fosse lá, a gritaria aumentava. Se ignorasse, as pessoas diriam: "largou a filha". Aí tive uma idéia. Fui para o chão com ela, fingindo que brincava de leãozinho (
risos). E deu certo.
- O que o nascimento dela mudou em sua vida?
Flávia - Jujuba trouxe sorte, por exemplo. Mudou minha vida completamente. Quando ela tinha três meses, fiz a minissérie
Aquarela do Brasil e depois a novela
Porto dos Milagres, um sucesso. Vivi a Lívia, minha primeira protagonista.
- Como é a relação de Giulia com o Otaviano?
Flávia - Deliciosa. O apelido dele na família é Tiano, mas ela o chama de MOP.
Giulia - M, de meu, O, de outro, e P, de pai. Meu Outro Pai.
- O fato de ele se dar tão bem com Giulia ajudou na relação?
Flávia - Foi fundamental. Se não houvesse essa sintonia entre eles, não poderia dar certo comigo. Eles se dão superbem. Otaviano faz tudo o que ela quer.
- E como é sua relação hoje com Marcos Paulo?
Flávia - Tranqüila. A gente não sai junto, não tem uma amizade estreita, mas existe respeito. Ele é o pai da Jujuba e vai ser para sempre. E eles se adoram.
- E que tipo de pai você imagina que o Otaviano será?
Flávia - Acho que bem bobão e atencioso. Ele já é hiperpresente com a Giulia nas tarefas da casa e compartilha tudo comigo.
- A Giulia quer um irmão?
Flávia - Ela está louca para que eu engravide. Mas eu e o Tiano ainda queremos um tempo para curtirmos mais. Acho que filho só ano que vem.
Giulia - Ah, não, mãe. Vai demorar tudo isso?
Flávia - A gente já conversou, filha. Esse tempo é necessário.
- Você é boa dona de casa, Flávia? Cuida de tudo, cozinha?
Giulia - Tem um macarrão que ela faz, com queijinho derretido, que adoro. O arroz com ovo também é ótimo.
Flávia - No universo dela, só cozinho isso (
risos).
- E como é a vida de casada?
Flávia - Otaviano me surpreende a cada dia. Ele é maravilhoso. Acho até que a gente demorou para casar. Levamos quatro meses, mas podia ter sido mais rápido. Foi um grande encontro.
- Vocês dois estão no ar no mesmo horário. Há disputa?
Flávia - Não existe competição. A torcida é para os dois lados. A família se divide, com televisores ligados em ambas as emissoras. Ele está superbem. Eu já sabia de todo o potencial do Tiano como ator.
- Ele não fica com ciúmes da sensualidade da Alzira?
- A gente lida de forma saudável com isso. Bruno, personagem dele, é até pior que a Alzira, porque se envolve com mil mulheres. Mas claro que tem um olhar diferente da sociedade para mim, por causa do papel sensual. Procuramos ter cautela com isso.
- O que a Alzira significa em sua carreira?
Flávia - Ela é uma personagem importante, que mostra mais uma faceta minha que o público não conhecia. As pessoas me perguntam: "Você é isso tudo?" Eu respondo: "Não mudou nada, é a mesma Flávia. Só que a Alzira exige que eu mostre esse lado mulherão. Apenas isso".