Marc Jacobs deleta as cores-disco, os
prints-flash, a febre do ouro, enfim, toda aquela parafernália oitentaça de sua última coleção para a Louis Vuitton e... adeus frenesi, queridinha: daqui pra frente tudo vai ser diferente, ou seja - pretopretopreto - com algumas divagações em
marron glacé e raríssimas aparições em bege.
Short pants de cintura baixa caem sobre botas (estranhíssimas!) de plataforma, cheias de tiras de velcro, ui! Não sei por que, mas tudo indica, os sapatos assustadores,
shape meio ortopédico, são considerados bacanas nesta temporada... Nas cabeças, chapéustigelas (ou seria uma versão modernete de uma burka ocidental??) escondem quasequase completamente o rosto das modelos. Ainda bem que as bolsas da Vuitton, no meio desses acessórios (
sorry) meio insanos, continuem sendo simplesmente bolsas mesmo... Minha preferida? A mais tranquila,
baby: couro conhaque, toda logotipada em relevo, com acabamentos em couro negro. Uma bolsa prateada brilha gloriosamente, enquanto os logotipos coloridos reinventados pelo artista Takahashi Murakami flutuam numa bolsa tipo
manchon gigante.
Anyway, é uma bolsinha de mão com a alça de fones de ouvido dourados que provoca os mais agudos "ais e uis" da temporada. O que mais?? Ah, a moda que - hélas! - chega pesada, pontuada de superposições pra lá de estranhas, invenções forçadas, drapeados esquisitíssimos, amassados-complicados. Uma pena, já que o touch e a qualidade de tudo que é Vuitton é
the best in the world: não tem cachemire mais puro, não tem
tweed mais
british e por aí afora. Mas...aiaiai, o chupachupa do passado (acho Marc um
vintage crônico) desta vez desafinou. Look incompreensível: esse capuzparka- casulo (???) feito de pele e de
nylon.
Best of: o terno de
tweed espaçoso e elegante (que você vê na foto à esquerda), alguns tricôs
hand-made e as bolsas LouisVuitton, que - é claro - a gente adora sempre e sempre.