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Glória Pires & Orlando Morais

Os projetos e o cotidiano em Paris

Redação Publicado em 29/03/2010, às 13h18 - Atualizado em 31/03/2010, às 13h26

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O casal, que vive na capital francesa há dois anos, namora diante do rio Sena e da Catedral de Notre Dame. Na Cidade- -Luz, parceria profissional e intensa vida cultural. - J. L. BULCÃO
O casal, que vive na capital francesa há dois anos, namora diante do rio Sena e da Catedral de Notre Dame. Na Cidade- -Luz, parceria profissional e intensa vida cultural. - J. L. BULCÃO
Radicados há dois anos em Paris, o cantor e compositor Orlando Morais (48) e a mulher, a atriz Glória Pires (46), mostraram todo o encantamento pela capital francesa durante passeio por inúmeros pontos turísticos. "É uma cidade cheia de ícones que povoam os sonhos das pessoas. Mesmo quem nunca veio, tem na cabeça uma referência, imagens da Torre Eiffel, do rio Sena, por exemplo. E, quando se está aqui, de repente você se depara com uma ruela que nunca tinha percebido e acha incrível. Paris é assim, surpreendente", ressaltou ela. Enquanto passeavam por lugares como o museu do Louvre e o Jardim das Tuileries, eles revelaram peculiaridades do cotidiano na Cidade Luz, onde vivem com os filhos Antonia (17), Ana (9) e Bento (5). O casal também fez uma reflexão sobre o que mantém a parceria amorosa há 22 anos e revelou os próximos passos de suas carreiras. Afastada das novelas desde o fim de Paraíso Tropical, em setembro de 2007, Glória retorna à TV na próxima trama de Gilberto Braga (64), com estreia prevista para o início de 2011. As gravações devem começar em outubro. "Ela vai para o Brasil com as crianças e eu vou continuar em Paris. Mas como novela leva muito tempo e a Glória não vai conseguir se ausentar das gravações, durante esse período vou ao encontro deles passar temporadas no Rio. Quando a novela acabar, os quatro voltam para cá, onde pretendemos ficar mais um tempo", esclareceu Orlando. Na próxima semana, a atriz vem ao Rio por um motivo especial: na segunda-feira, 5, participa no Copacabana Palace do lançamento de sua biografia, 40 Anos de Glória. No livro, ela relembra suas quatro décadas de carreira, nas quais destaca as novelas Dancin'Days, Vale Tudo e Mulheres de Areia, a minissérie Memorial de Maria Moura, produções que considera emblemáticas, além de filmes como Índia, A Filha do Sol, O Quatrilho e Memórias do Cárcere. "Quando virei tema do livro, repassei minha trajetória profissional e vi que desde o começo tive sorte e boas oportunidades. O saldo é melhor do que eu poderia imaginar. Estou feliz pela forma como minha vida se desenhou, no casamento, com os filhos e tudo que tenho. E é interessante quando, depois de 40 anos, surge algo novo", refletiu ela, referindo-se à personagem que interpreta no longa O Santo e o Dragão, dirigido por Márcio da Rocha (37), o primeiro trabalho feito em Paris. "Não vim com a intenção de atuar, mas foi muito bom", explicou. Em sua preparação, além de aulas de francês, já que Marie, sua personagem, tinha que falar o idioma como uma nativa, Glória esteve em uma delegacia. "Fui para ver o cotidiano, saber sobre defesa pessoal, manuseio de armas, afinal, nunca tinha dado vida a uma policial", frisou, empolgada. "Mas fiz Maria Moura. Ela era como um xerife", lembrou, às gargalhadas. Orlando também está no projeto, ainda em fase de filmagens. Ele divide a trilha sonora com o francês Pascal Danaë (46) e aparecem em cena cantando a música Fim do Fim. "Esse filme fala sobre imigração. A história é bem bacana", ressalta ele. A parceria rendeu frutos, os dois estiveram em Mali, país africano, para gravar um CD que deve ser lançado este ano. Enquanto isso, o que realizou em 2006, em duetos com astros internacionais como Sting (58) e Peter Gabriel (60), permanece inédito. - O que os mantêm juntos? Orlando - É preciso rever os pontos de vista, saber conversar, ter humildade de enfrentar as coisas. Não estamos blindados, não é um casamento que pode dar uma receita, pois cada dia é diferente. E, como não tem verdade absoluta, tudo que chega a nós é tratado, discutido e resolvido. Obviamente há amor e companheirismo. Glória - É um relacionamento entre duas pessoas cheias de defeitos e qualidades. E o que faz estar junto é a vontade de querer conviver com tudo isso, se aceitar e superar as poucas adversidades. - Já se adaptaram a Paris? Orlando - É uma cidade com um panorama cultural gigantesco, onde se mora com facilidade. Temos uma estrutura, com babá, mas o cotidiano é diferente. Vamos ao banco pagar contas. No Rio, alguém fazia isso para nós. Glória - A adptação foi tranquila. Aqui, por exemplo, ando de transporte público sem medo. - Como é o dia a dia? Orlando - Os programas têm que ser pensados a cinco, um lugar que seja bom para cada um de nós. Então, estamos sempre próximos, temos uma vida dez mil vezes mais família do que levávamos no Brasil, se isso é possível. E, como não é o nosso país, somos obrigados a pensar, falar e sonhar em francês, o que é enriquecedor. O frio nos une mais. Ficamos em casa juntinhos assistindo a filmes. Glória - E para sair de casa tem toda uma preparação. Não podemos esquecer a luva, o cachecol, a touca, o guarda-chuva... Orlando - Aqui não tem motorista para buscar o que esquecemos. Andamos quase sempre de transporte público e pouquíssimo de carro. Eu mais do que a Glória por causa da idade (risos). É engraçado colocar uma bota, sair de casaco, andar na neve. Dá um certo glamour ir por exemplo à avenida Montaigne ou à rua Saint Honoré onde encontramos as últimas novidades da moda, mas é uma grande brincadeira. Cleo passou dois meses aqui e foi muito legal. Fizemos um tour com ela e Antonia, que sabiam tudo que estava acontecendo. Todos estão amando.